Motoristas reclamam de má sinalização e longas esperas nos “pare e siga” das obras na MGC-354

Motoristas que trafegam pela MGC-354 têm enfrentado dificuldades desde o início das obras de recuperação da rodovia. Além da má sinalização, os condutores reclamam da demora excessiva nos trechos com sistema “pare e siga”. Há relatos de acidentes e de veículos de grande porte que ficaram atolados. Em média, o trajeto entre Patos de Minas e Presidente Olegário, que normalmente levaria menos tempo, está durando mais de uma hora.
As intervenções na rodovia foram iniciadas neste ano pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), com foco na restauração do pavimento e na construção de terceiras faixas em alguns pontos. Desde então, a mobilidade no local tem sido alvo constante de queixas por parte dos motoristas.
Vários condutores entraram em contato com a reportagem do Patos Hoje para relatar os transtornos. Segundo eles, as filas nos “pare e siga” são extensas e a espera pode ultraar os 30 minutos em cada ponto. A situação se agrava em trechos onde o asfalto foi removido e, devido às chuvas, formou-se muita lama, o que tem causado atolamentos. Na noite de domingo (27), por exemplo, uma carreta ficou presa em um desses trechos, interrompendo o tráfego por mais de uma hora.
Na manhã desta terça-feira (29), a equipe do Patos Hoje esteve na rodovia e constatou as reclamações. No primeiro ponto de “pare e siga”, no sentido Patos de Minas–Presidente Olegário, a espera foi de cerca de 30 minutos. Considerando os dois pontos de controle ao longo do percurso, a viagem entre as duas cidades pode ultraar uma hora.
Em resposta às críticas, o DER-MG enviou nota informando que a ordem de início das obras foi emitida em dezembro de 2024. As intervenções compreendem a restauração do pavimento e o aumento da capacidade de tráfego no trecho entre os entroncamentos com a MG-410, ando por Presidente Olegário, até a BR-365, em Patos de Minas, totalizando 47,1 km. O prazo contratual para execução é de 650 dias corridos.
O órgão explicou que o processo de restauração envolve diversas etapas, como adequações nos sistemas de drenagem, retirada do pavimento antigo, reciclagem do material, recomposição com nova capa asfáltica e instalação de nova sinalização horizontal e vertical.

De acordo com o DER-MG, durante o período de chuvas intensas, entre o início das obras e o mês de março, foram realizados trabalhos corretivos e ajustes de drenagem. Com a chegada de uma estiagem, foi possível avançar na remoção da camada asfáltica. No entanto, a ocorrência de chuvas fora de época teria contribuído para a formação de lama nos trechos ainda não asfaltados, dificultando o tráfego.
O departamento afirmou ainda que técnicos estão monitorando as condições da via e da sinalização, e recomenda aos motoristas que redobrem a atenção, respeitem a sinalização e adotem uma condução defensiva, especialmente durante o período de obras, para evitar acidentes.